O presidente da União Agro Bahia (Unagro) na Chapada Diamantina, Marquinhos do Leite, manifestou indignação com a paralisação da obra da ponte que deve ligar os municípios de Boa Vista do Tupim e Itaetê. Segundo ele, mesmo com a estrutura praticamente concluída, o Governo do Estado mantém o empreendimento parado, comprometendo o desenvolvimento do agronegócio e do comércio na região.
A construção da ponte sobre o Rio Paraguaçu, com custo estimado em R$ 1.686.246,59, promete reduzir drasticamente o tempo de deslocamento entre os municípios de Boa Vista do Tupim e Itaetê, ando de cerca de 1h30 para apenas 15 minutos. A estrutura é considerada essencial para impulsionar a agricultura familiar, a produção local e até o turismo na região. No entanto, a paralisação da obra tem gerado forte insatisfação entre moradores, empresários e lideranças políticas, que cobram uma resposta do Governo do Estado.
“Estamos aqui em Itaetê, às margens do Rio Paraguaçu. Do outro lado está o município de Boa Vista do Tupim, e viemos constatar, com preocupação, que a obra de construção da ponte está completamente parada. Todo o material está no local, a estrutura já foi iniciada, mas os trabalhos estão totalmente interrompidos. É inaceitável que um projeto tão importante para a região esteja nessa situação. É um verdadeiro descaso com a população e com o desenvolvimento da Chapada Diamantina”, Ressalta Marquinhos do Leite.
O presidente da Unagro da Chapada Diamantina também criticou a postura do governador Jerônimo Rodrigues (PT), afirmando que o chefe do Executivo estadual tem se mostrado omisso diante da paralisação da obra. Segundo Marquinhos do Leite, o governo prioriza disputas políticas de interesse em vez de investir em iniciativas que poderiam gerar desenvolvimento real para a região e benefícios concretos para a população.
“O governador Jerônimo precisa deixar de lado essa obsessão com o chapéu de ACM Neto e focar no que realmente importa, que é a conclusão dessa obra. Ele vive dizendo que defende a agricultura familiar, mas, na prática, ignora as famílias humildes que dependem dessa ponte para escoar a produção, ter o a serviços e melhorar de vida”, completa.
A região entre Boa Vista do Tupim e Itaetê é um importante polo agrícola e pecuário, com destaque para o cultivo de laranja, limão, cacau, café e mamão, além da criação de gado. A construção da ponte representaria um avanço significativo, facilitando o escoamento da produção e fortalecendo a economia local, transformando a área em uma verdadeira indústria a céu aberto. No entanto, com a interrupção da obra, a população enfrenta um dilema marcado pela incerteza e pela falta de respostas sobre quando o projeto será concluído.
